Ela observava a agua descendo pela sua janela enquanto o ambiente ao seu rodor estava quente como um cobertor. Seus dias passavam e seus olhares para o nada continuavam como se um pedaço seu estivesse perdido em algum lugar lá. Pense nela como alguém proximo de voce, alguem que ve todos os dias e nunca falou ou alguma pessoa em especial.
Eu a vi.
Ela caminhava tão rapido enquanto as gotas molhavam o seu rosto que mal notou que eu estivera ali o tempo todo. Seus fones de ouvido tocavam algo que cobriam o som molhado de seus passos sobre o asfalto. Sua respiração parecia tranquila apesar de estar se movimentando tão rapido, talvez a chuva lhe fazia bem.
Perdi um tempo olhando para céu e para os carros que passavam iluminando as coisas em volta. O vento batia no meu rosto, não porque queria. Fechei meus olhos e me perdi por mais um minuto. Pense nele como voce, medos, vontades.
Ela o viu.
Foi eficiênte ao disfarçar mas a musica em seus ouvidos não conseguia desligar sua mente. Pisava na água e isso molhava por dentro de seus tenis. Ela não gostava de chuva.
Pense como se eles ja tivesem conversado, trocado uma meia duzia de palavras e olhares e agora ela olhava entre o vidro e entre a chuva
Ele gostava da chuva, do vento, do friu, do cheiro e todo o resto que vinha com ela. Pensou sobre isso enquanto seguia seu proprio caminho no asfalto molhado.
Detalhes do ambiente? Imagine onde voce ja caminhou sozinho, imagine o céu escuro... Agora imagine a chuva, fina e fria.
Ou melhor, agora imagine a cama quente do seu quarto enquanto abre os olhos e observa o teto. Voce não gostaria de sair dali mas o incomodo som do despertador insiste em lembrar.
Os sonhos vem mas a vida tende a lembrar que são só sonhos. E o que sobra é só a chuva sobre seu telhado.
terça-feira, 23 de março de 2010
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